VIOLÊNCIA NO NAMORO - 8.º E
Porque violência
não rima com namoro
Em contexto de
trabalho de sala de aula de Português e em articulação com Cidadania e
Desenvolvimento, os alunos do 8.º E, na sequência da análise do soneto
camoniano «Amor é um fogo que arde sem se ver», produziram individualmente
sonetos que demonstrassem, por um lado, ligação ao poema de Camões e, por
outro, o repúdio pela violência no namoro. De entre os trabalhos produzidos,
foi selecionado o soneto da autoria de Duarte Encarnação, cujo nome se divulga
mediante a autorização concedida pela encarregada de educação do aluno.
Na atividade Palavra
de escritor com Jacinto Lucas Pires, no dia 28 de janeiro, depois de
declamado o poema de Camões na rubrica «Momento de poesia», oportunidade houve para
divulgar o texto poético do aluno Duarte Encarnação.
Amor com
violência, sem se ver, pode arder;
Pode fazer-lhe
uma ferida, mas não a deixe ser permanente;
Não aceite um
namoro descontente;
E não diga que
está tudo bem, quando por dentro está a sofrer.
Não deixe que
alguém lhe continue a bater;
Não ande só
pois há sempre alguém para defender a gente;
Não queira
contentar-se com uma vida apenas descontente;
Violência no
namoro, ninguém a devia sofrer.
Há saída para
quem entrou por vontade;
Não tem de
servir a quem não merece o seu amor;
Não queira
estar com quem fecha à chave a sua liberdade.
Mas como podes,
violência, intitular-te amor,
Se dentro de ti
só existe crueldade?
Em nome de
todas as vítimas, vai-te embora, por favor!
Duarte Encarnação, 8.º E
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