Todos os caminhos vão dar ao Prado
A exposição Museu do Prado itinerante, depois
de ter estado patente no Jardim de Infância da Cova da Moura, chegou, no dia 2
de dezembro, ao Jardim de Infância da Damaia e nele permaneceu até ao dia 10 de
dezembro.
Esta peregrinação em nome de uma educação
pela arte fez, assim, a sua segunda escala em mais um estabelecimento do
Agrupamento de Escolas da Damaia.
Foram proporcionadas visitas guiadas à
exposição durante os dias 9 e 10. Participaram na viagem cultural até ao Museu
do Prado 58 crianças das três salas do JI da Damaia, 3 educadoras de infância e
3 assistentes operacionais.
O corredor que atravessa o JI da Damaia foi
a galeria que homenageou Albrecht Dürer, Bosch, Sofonisba Anguissola, Lavinia
Fontana, El Greco, Rubens, Velázquez, Murillo, José Madrazo, Goya e Sorolla. A divulgação das telas que
integram a exposição, alguns pormenores da vida dos pintores e da história do
Prado foram o recheio da conversa com os mais novos. A tertúlia enriqueceu-se com as perguntas naturalmente interessantes,
com as interpretações e as apreciações genuínas das crianças da Sala Verde, da
Sala Amarela e da Sala Lilás.
As três telas pintadas por mãos femininas continuam
a acentuar a importância da igualdade de género e testemunham o mérito das duas
pintoras italianas dos séculos XVI e XVII. O respeito pela diferença tornou-se
inevitável na análise de As meninas: o protagonismo da infanta Margarida
deixou espaço para se ver quem a
natureza quis que fosse especial. Os fuzilamentos de Goya e A morte de
Viriato de Madrazo exigiram a condenação da guerra.
Os workshops, nesta segunda etapa
do circuito, permitiram reinventar o Autorretrato de Dürer, As
meninas de Velázquez e O Cavaleiro com a Mão no Peito de El Greco.
Foram proporcionadas gravuras, inteiras ou sob a forma de puzzle, adequadas à
faixa etária das crianças para serem coloridas. As obras criadas pelos artistas
do JI da Damaia, antes, durante e depois dos workshops, deram um novo
encanto a nomes sonantes da pintura europeia.
A montagem da exposição, o zelo pelas réplicas
e a etapa de voltar a embalar as telas continuam a contar com a disponibilidade
de diversos profissionais do Agrupamento, o que torna o projeto cada vez mais
coletivo.
Novos caminhos, a partir de janeiro de
2021, levarão ao Museu do Prado mais crianças, alunos e profissionais do
Agrupamento de Escolas da Damaia, porque a arte, quando nasce, é para todos.
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