Teatro - A poesia não é tão rara como parece

Sabiam que “A poesia não é tão rara como parece”? Pois, é verdade. Foi com o espírito imbuído de curiosidade, ávidas de liberdade e confraternização, que as turmas do oitavo ano abandonaram as mesas das salas de aula para irem ao teatro. A atividade, dinamizada pelo Grupo Disciplinar de Português, pretendeu mostrar aos participantes que a poesia, não sendo exclusiva dos livros, pode ser encontrada em diversas situações diárias. Fernando Pessoa, Luís de Camões, Eugénio de Andrade, Alexandre O’Neill ou Sophia de Mello Breyner foram alguns dos autores escolhidos pela Companhia de Teatro Educa para, através do humor, da música e da interação com o público, mostrar à audiência a importância da poesia no quotidiano. Luís Oliveira, nos papéis do patrão João e sua amada, Anastércia, e Ulisses Ceia, o mordomo Alberto Vilares, souberam dar vida a poemas sobejamente conhecidos, reconhecidos por alguns alunos de trabalhos anteriormente realizados. Também houve quem memorizasse versos soltos “Todas as cartas de amor são ridículas”; “Ai que prazer não cumprir um dever” (Pessoa); “É urgente destruir certas palavras”, “já gastámos as palavras, pelas ruas, meu Amor” (Eugénio de Andrade); “Amigo é um sorriso de boca em boca” (O’ Neill).

As gargalhadas, os aplausos e o entusiasmo dos nossos alunos foram unânimes e alguns consideraram este espetáculo como “um dos melhores a que já assisti” (Erica Ambrósio, n.º 6, 8.º A). Outros afirmaram “Amei essa experiência, gostaria de ter mais destes passeios” (Marjorie Souza, n.º 13, 8.º B); “O teatro foi uma experiência educativa por causa do seu teor poético” (João Quinhas, n.º 6, 8.º B); “O teatro foi bastante engraçado e divertido (…). Gostei muito dos poemas que foram declamados e da forma como os atores conseguiram interiorizar a história” (Pedro Alves, n.º 11, 8.º B).  

A diversão acentuou-se ainda mais quando o Edilson (8.º C), a pedido dos atores, entrou em cena e incorporou, de forma muito profissional, Anastércia, a amada do Sr. João. Haverá melhor maneira de reforçar o nosso sistema imunitário e melhorar a saúde do que através do riso?

E foi assim, a rir e a brincar com coisas sérias, que os mais céticos compreenderam, de forma lúdica, que, afinal, “a poesia não é tão rara como parece”.